DESCRIÇÃO HERÁLDICA O campo do escudo é divido em terciado calçado (três partes), sendo elas em sinopla, goles e blau (verde, vermelho e azul,respectivamente). Com bordura em jaldes (ouro) e um lidel de argento forrado de sable diviso com a data de fundação/ nome da instituição eclesiástica/local. O blau representa os valores pátrios e a lealdade, honra e orgulho local; de pertencimento. O argento em ondulado representa o prestígio e a riqueza de um local, dentre elas: a prata ou algum bem natural, água. Deste modo, os traços expõem as águas/rio, os peixes, a vida que a água leva à terra. O rio tietê, que foi expoente de recursos para essa região. O sinopla representa a esperança, amizade, fé, bons serviços prestados, liberdade. Dotado das armas brasonarias da Congregação Redentorista, que marcam a presença e apostolado do referido instituto nesse lugar. O goles é a primeira cor heráldica que representa nobreza, caridade, generosidade, honra e sabedoria elevada. A rosa Tudor é um elemento natural que expressa nesse conjunto heráldico a padroeira ou figura santificada da comunidade. Em jalde e goles revelando o reinado de Cristo que se dá através do martírio. O plano de fundo é ornado com colmos e folhas de roseira, a fonte nutritiva da rosa. Tal qual a espiritualidade cristã e o desejo de uma vida de doação e santidade que nutriram a vida de Santa Teresinha. A bordura em jalde representa o ouro e a riqueza. Na iconoclastia da patrística sempre figurou a glória celeste, a ressurreição. Todo escudo representa a defesa de um ideal; neste caso o escudo com tal bordura aponta para a eternidade que nós, cristãos, almejamos.
A 18 de outubro de 1935 foi passada a escritura de posse da Quinta das Roseiras, oferecida pela paróquia de Tietê. A propriedade possuía a casa com um grande terreno. Com a licença do bispo, os documentos foram encaminhados à Roma, para a aprovação do Governo Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, fato que ocorreu em 27 de janeiro do ano seguinte.
Em 9 de fevereiro de 1936, os redentoristas inauguraram sua nova residência da Quinta das Roseiras, vindo em procissão com o povo desde a matriz da Santíssima Trindade. No dia seguinte, aconteceu a aula inaugural do novo Seminário de Santa Teresinha. E na adega antiga da Quinta começou também a funcionar a igreja para atender ao povo.
Nesse mesmo ano, em 1º de Maio, os redentoristas lançaram a primeira pedra do novo prédio do Seminário; a princípio seria só a ala da Rua dos Expedicionários. Para marcar o acontecimento, a igreja Matriz enviou a imagem de Santa Teresinha, padroeira do Seminário. Essa ala foi inaugurada em 24 de janeiro de 1937. A segunda ala, diante de incerteza de continuar ou não o projeto, devido a vários motivos, como o clima quente, seca, insalubridade (malária), só foi iniciada em abril de 1939 e concluída com a inauguração e ocupação em setembro de 1940. As construções foram terminadas em tempo curto, e ficaram sólidas, devido também à colaboração do povo de Tietê, fazendo menção especial ao trabalho dos moradores da zona rural.
Anos depois, com a mudança do Seminário Maior de filosofia e de teologia para o prédio na rodovia Raposo Tavares, o prédio começou a funcionar como seminário menor para as séries ginasiais, como sede da equipe de missionários, e da reitoria da igreja. Funcionando como Seminário Maior (Estudantado) o prédio que chegou a abrigar 81 estudantes.
Maria Francisca Tereza Martin, nasceu no dia 2 de janeiro de 1873 , em Alençom, França. Eram seus Louis Martim e Zélie. Maria Francisca ingressou na Ordem das Carmelitas Descalças no ano de 1888, em Lisieux, aos 15 anos, assumindo o nome de Teresa do Menino Jesus. No ano de 1890 faz a sua profissão religiosa como carmelita, tornando-se assim Ir. Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. A sua vida foi um grande testemunho de que a simplicidade, experimentada no mais singelo amor, é um caminho aberto para a santidade. Em sua autobiografia, intitulada ˝A história de uma alma˝, nos apresenta uma profunda teologia a partir de suas memórias espirituais. Teresa sofreu por três anos com a tuberculose, mas tudo enfrentou com paciência e amor a Cristo. Assim, no dia 30de setembro de 1877, com apenas 24 anos, falece a santa irmã Teresa do Menino Jesus. Uma vida breve, porém vivida com intensidade e grande amor a Jesus Cristo, especialmente nas coisas simples. Foi beatificada no ano de 1923 e canonizada em 1925, pelo Papa Pio XI. Em 1927 foi proclamada Patrona Universal das Missões Católicas. Em 1997, o Papa João Paulo II, a declara Doutora da Igreja. Seus pais, em outubro de 2015, foram também canonizados pelo Papa Francisco. Que o exemplo de Santa Teresinha, nos inspire a buscarmos, na simplicidade da vida, encontrar o verdadeiro e único Amor, Jesus Cristo. A seu exemplo, que todos nós sejamos autênticos missionários do amor.
A Igreja de Sta. Teresinha teve início na antiga adega da Quinta das Roseiras até 10 de fevereiro de 1939, passando então para a sala de recepção do novo seminário, aos 18 de junho de 1942 junto ao claustro na Rua dos Expedicionários, sob o reitorado do Pe. Daniel Marti.
A planta da igreja atual, obra do arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, depois de muitas dúvidas, estava pronta a 24 de março de 1940. Pe. Antônio Ferreira de Macedo foi quem retomou a iniciativa. No mês de junho de 1940 após a missa do Perpétuo Socorro, iniciou-se a abertura dos alicerces da igreja que ficou parada devido a falta de recursos. Os alicerces só chegaram ao ponto do primeiro piso, e pararam (dezembro de 1941).
As festas do Perpétuo Socorro e de Sta. Terezinha lembravam a necessidade de continuar a construção da igreja. Coube ao Pe. Isaque Lorena, em setembro de 1948, animado pelo povo, recomeçar a construção. Foi ajudado por confrades, como Pe. Rubem Leme Galvão, José Cardoso Alves, e Pe.Welington Leone Ceva com seu tino de arquiteto. Os recursos vieram, das festas muito concorridas, também nos bairros atendidos por nossos confrades.
A obra recomeçou a 2 de maio de 1949. A 31 de março de 1950 foi concretada a grande laje com ajuda substancial do povo, de modo especial dos bairros, e até dos próprios estudantes do Seminário. Assim também aconteceu até o término. Em maio de 1951 a igreja foi coberta, e em junho na festa de Nsª Srª do Perpétuo Socorro, a Igreja foi inaugurada provisoriamente. Faltaram recursos para finalizar o acabamento: ladrilhos, forro, vitrais, pintura, bancos. Com muito sacrifício e trabalho, em 24 de dezembro, entre as 22 e 24 h, chega-se ao fim, onde a inauguração acontece, parte por parte, de toda a igreja. Faltava ainda à fachada e o acabamento do salão de festas.
A torre, embora com os alicerces prontos, devido à complicação da planta, foi descartada, e aplicou-se o recurso no salão. Na festa de Santa Teresinha, a 3 de outubro de 1965, colocou-se a estátua da santa na fachada da igreja. Em seguida, mais reformas, novo salão, novo forro, nova cobertura e muitas outras melhorias aconteceram na igreja.
O Noviciado é uma etapa de forte discernimento para o candidato à vida religiosa consagrada. Desde a chegada dos primeiros redentoristas alemães ao Brasil, esta etapa da formação passou por diversas mudanças, tanto no que diz respeito ao local quanto à própria dinâmica interna, fruto de mudanças nas constituições da Congregação do Santíssimo Redentor.
Entre idas e vindas, a etapa do noviciado chega a Tietê pela primeira vez em 09 de novembro de 1966, porém não permanece por muito tempo, pois o ano de 1968, foi marcado por mudanças e expectativas em relação às Constituições.
Visto isso, fez-se uma experiência de noviciado por etapas, isto é, um grupo de estudantes que, terminando o colegial, foram para a filosofia e não para o noviciado, como era a prática até então.
Diante das mudanças, em 26 de janeiro de 1985, a etapa retorna para o Seminário Santa Teresinha e permanece até os dias atuais.
Em 2015, a Conferência dos Redentoristas da América Latina e Caribe estabeleceu que, a partir de então, Tietê passaria a abrigar o Noviciado Internacional.
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